Em “A Cultura Condiciona a Visão de Mundo do Homem”, Ruth Benedict aborda como a herança cultural interfere diretamente na forma como as pessoas interpretam tudo aquilo que está presente em seu cotidiano e muda o comportamento dos indivíduos.
A autora descreve sobre como uma mesma atitude pode ter diversas visões a partir de onde ela acontece, como é o caso da prostituição. No segundo parágrafo, Ruth exemplifica como a prostituição tem valores diferentes segundo a tradição de cada lugar. Na Lícia, jovens fazem sexo por ouro para conseguir pagar o dote de seus casamentos. Essa prática é ilegal em diversos países ou muito mal vistas.
A antropóloga aborda também como posturas corporais e fisiologias humanas podem ser diferentes dependendo da cultura da sociedade. Segundo ela, é fácil identificar a origem de muitos indivíduos apenas pelo seu modo de agir. No oitavo parágrafo ela exemplifica sua tese citando Marcel Mauss (1872-1950), que defende que se “uma criança senta-se à mesa com os cotovelos junto ao corpo e permanece com as mãos nos joelhos, quando não está comendo, ela é inglesa. Um jovem francês não sabe mais se dominar: ele abre os cotovelos em leque e apoia-os sobre a mesa.” Para defender seu ponto de vista, Benedict descreve no décimo primeiro parágrafo “todos os homens são dotados do mesmo equipamento anatômico, mas a utilização do mesmo [...] depende de um aprendizado e este consiste na cópia de padrões que fazem parte da herança cultural do grupo”.
Outro assunto presente no texto é o etnocentrismo, para a autora ele é responsável por diversos conflitos sociais existente na sociedade. Descreve também como muitas crenças são utilizadas como forma de justificativa a violência e como o nacionalismo em excesso pode gerar xenofobia. Ela descreve de forma mais aprofundada entre o décimo sexto e o vigésimo parágrafo do texto.
Ruth Benedict conclui seu trabalho comentando o costume de discriminar e a dificuldade de aceitação do que é diferente, as vezes até mesmo dentro do mesmo grupo, e como isso pode ser um problema para a sociedade.
A autora aborda de forma sucinta e de fácil compreensão sua tese. O texto serve como uma reflexão aceitável sobre as diferenças culturais, mesmo que não seja tão aprofundado. Devido a falta de palavras técnicas, o texto pode ser interessante para pessoas de quaisquer área. É um texto bom, porém simplista.