Nesta publicação apresentarei a importância da motivação e como grandes empresas fazem para manter seus funcionários felizes e, consequentemente, mais produtivos. Farei uma breve explicação das conclusões relacionadas à motivação que foram obtidas com a “Experiência de Hawthorne” e sobre a “Teoria dos Dois Fatores” de Frederick Herzberg. Em seguida, a partir de uma pesquisa biográfica, citarei alguns exemplos de como a motivação é praticada dentro de grandes empresas.
O que é motivação
A “Experiência de Hawthorne” foi um movimento contrário à abordagem clássica de gestão, buscava democratizar e humanizar a gestão aliada ao desenvolvimento das ciências humanas. Algumas conclusões da experiência chefiada por George Elton Mavo abordam questões relacionadas a motivação: que as pessoas são motivadas por necessidades de reconhecimento, aprovação social e participação; que a importância do conteúdo ou cargo influência na moral do trabalhador, tornando-o produtivo ou desmotivado e que elementos emocionais devem ser considerados dentro das organizações.
Frederick Herzberg, psicólogo americano influente na gestão empresarial, apresenta dois fatores que alteram o comportamento e o grau de satisfação dos funcionários de uma empresa: os fatores higiênicos e os motivacionais.
Os fatores higiênicos são aqueles relacionados às condições de trabalho do funcionário (salários, benefícios, política da empresa, regulamentos internos, oportunidades existentes, etc.). Esses fatores estão fora do controle dos funcionários e são de responsabilidade exclusiva da empresa e de seus respectivos administradores. Eles são importantes para evitar a insatisfação dos funcionários, porém não é o suficiente para mantê-los motivados de forma duradoura.
Os fatores motivacionais são aqueles que produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em alto nível, envolve sentimentos de auto-realização, crescimento, reconhecimento profissional. Segundo o estudo a teoria de Herzberg as pessoas tem tipos ou estilos motivacionais diferentes. Existem aquelas que procuram motivação (auto-realização, crescimento, reconhecimento, etc.) e outras que procuram manutenção (pagamento, vantagens adicionais, segurança, condições de trabalho, etc.).
Como grandes empresas buscam a motivação de seus funcionários
A Cielo acredita que pessoas felizes no trabalho geram mais resultados, que quanto mais motivados os funcionários estiverem mais eles produzem. A empresa está desenvolvendo um projeto sobre a importância do colaborador no grupo, onde o relacionamento de gestores e colaboradores se dá como principal função, associando demais benefícios, como refeitório sempre disponível, ginástica laboral, eventos em datas comemorativas, gincanas anuais e festa de encerramento do ano que também serve para premiar os funcionários. Também desenvolve avaliações que destacam um colaborador mensalmente e um jornal informativo interno, para que servidores tenham acesso ao que está acontecendo em termos de pesquisas e trabalhos em andamento.
Na Philips os funcionários tem a opção de trabalhar em casa, sem escritórios individuais para os mesmos. O presidente da empresa acredita alcançar mais amizades, agilidade e trabalho em time. O programa Workplace Inovattion (WPI) evita barreiras hierárquicas dentro da empresa e estimula a criatividade e o bem estar. “O WPI reúne diversos projetos que proporcionam qualidade de vida e motivação aos nossos funcionários e posiciona a Philips como uma das companhias mais bem sucedida em gestão corporativa”, segundo Mercedes Belaustegui, diretora de RG da empresa para a América Latina. Por meio do programa de recrutamento interno da Flexform, a companhia permitiu que o um motoboy chegasse à diretoria da empresa. A Flexform possui um plano de carreira estrategicamente planejado que busca a ascensão daqueles que se destacam em suas funções dentro da empresa e buscam atender aos critérios técnicos exigidos qualificando-os. “Faça tudo pelos recursos humanos e eles farão todo o resto.” é o que resume a estratégia da empresa segundo Pascoal Lannoni, presidente da Flexform.
Luíza Helena, sócia e superintendente do Magazine Luíza explica como motiva sua equipe: "Existem três alicerces para a motivação de uma equipe -- coração, cabeça e bolso. Se um dos três faltar, o processo se rompe. Coração é a paixão pela empresa. Cabeça é poder participar, poder usar os próprios conhecimentos e ter a chance de adquirir novas competências. É a certeza de que seu trabalho trará desenvolvimento, o próprio e o da empresa. E bolso é o óbvio. O crescimento do negócio tem de ser acompanhado pelo crescimento de seus funcionários.”. A empresa acredita que para se ter qualidade requer pessoas alinhadas e comprometidas.
A Elektro busca derrubar vestígios estatais e procura despertar no empregado o conceito de protagonista. A diretoria da empresa encontra-se no mesmo andar que os demais e estagiários apresentam seus projetos em reuniões da diretoria. Durante o planejamento estratégico a empresa reúne seus funcionários para uma reunião na qual podem sugerir ideias para que profissionais da ponta possam enriquecer as diretrizes da empresa com sua visão de negócio. “A gente acredita que só se consegue mobilizar as pessoas se elas entendem o propósito do trabalho. E como fazê-las trabalhar melhor se não enxergam o propósito? Ou como fazê-las trabalhar melhor se elas não tem espaço para sugerir melhorias?”, diz Fabrícia Abreu, da Elektro.
A “Experiência de Hawthorne” mostrou a importância da produtividade em 1932, atualmente grande empresas comprovam a eficácia deste estilo de gestão. O bem-estar dos colaboradores influencia diretamente na produtividade da empresa, estreita relacionamento interpessoal, obtém menos gastos com doenças de trabalho, funcionários estimulados buscam aperfeiçoamento profissional fazendo com que a equipe tenha uma melhor formação profissional.
Anexos
Referências
0 comentários:
Postar um comentário