sábado, 30 de abril de 2016

Política Cambial: Entenda o preço do dólar.



Definida pelo Banco Central do Brasil (BCB), a Política Cambial é o conjunto de ações e orientações ao dispor do Estado destinadas a equilibrar o funcionamento da economia através das Taxas de Câmbio, ou seja, do preço da moeda estrangeira em termos da moeda nacional.

Existem três tipos de Câmbio

Câmbio Fixo: Nesse estilo, o preço do dólar se mantem fixo, sem alterações. Evita a incerteza e especulação do dólar, porém o BCB diariamente precisa ofertar ou demandar dólares para manter o seu valor.

Câmbio Flutuante: O preço é regulado pela lei de Oferta e Demanda, consequentemente varia todos os dias. Desta forma, o BCB não precisa atuar todos os dias e evita a perda de reservas internacionais. Entretanto, o preço varia muito e pode gerar incertezas no mercado. Esse tipo de câmbio é usado pela maioria dos países, inclusive o Brasil, desde 1999.

Banda Cambial: O preço do dólar varia dentro do intervalo determinado pelo BCB e quando o valor sai desse limite, o BCB intervem comprando ou vendendo moeda estrangeira. Esse tipo de Câmbio foi uma das ferramentas mais importantes do Plano Real. Suas vantagens são: a maior previsibilidade do mercado financeira e o fato de que a banda pode mudar de acordo com as necessidades econômicas externas ou internas. Porém, pode haver perda de reservas internacionais.

A alta ou baixa do dólar interfere diretamente no bolso de todos os brasileiros. Quando alto, há um aumento de exportações, porém pode gerar inflação. Quando baixo, ajuda no combate a inflação, já que há mais importação e aumenta a concorrência, forçando uma queda nos preços; porém diminui as exportações.

Escrito por Dayane Néri Fonseca

Saiba o que é Taxa Selic e como ela reflete no seu bolso



A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia e referência para as demais taxas de juros.  Essa taxa define o piso de juros no país. A partir dela os bancos definem a rentabilidade de diversas aplicações financeiras feitas pelos clientes e a utiliza como referência de juros para empréstimos e financiamentos.A taxa de juros Selic e as regras da política monetária são definidas pelo CUPOM (Comitê de Política Monetária) a cada 45 dias.

O governo usa a Taxa Selic como a principal forma para combater diretamente a inflação. Aumentando a Taxa Selic, aumentam-se os juros dos empréstimos, financiamentos e cartões de crédito e isso diminui, consequentemente, o ritmo de vendas e favorece a queda da inflação. Por outro lado, quando a inflação está baixa, abaixa-se a Taxa Selic para aumentar o consumo.

Aplicações financeiras a produtos atrelados a juros aumentam a rentabilidade quando aumentada a Taxa Selic, ou abaixando caso o contrário. Por isso, muitos investidores deixam de investir na Bolsa de Valores – onde, no caso, encontram-se empresas produzindo menos e gerando menos lucro - para fazer esse tipo de aplicação financeira, trazendo como consequência a queda da Bolsa.

Com o aumento da Taxa Selic e o consequente desaquecimento do mercado, os empregos se tornam mais instáveis provocando demissões em massa e férias temporárias.

Escrito por Dayane Néri Fonseca

Conheça Henry Ford e o Fordismo


Henry Ford foi um importante engenheiro Americano, com apenas 29 anos já havia produzido o seu primeiro automóvel. Baseadas nas técnicas do taylorismo, revolucionou a produção industrial de toda uma época. Foi o primeiro a implantar um sistema de produção em série. Foi o criador do sistema fordiano de produção, que será mais bem explicado nas páginas a seguir deste trabalho.

Um pouco sobre a sua história

Henry Ford foi o grande fabricante de automóveis que revolucionou a indústria com seu Modelo T. Nascido em 30 de julho de 1863, em Springwells. Foi aluno de escolas rurais até seus quinze anos, desde jovem demonstrou habilidades para a invenção e a mecânica. 

Inicialmente, reparava relógio e motores do pai e dos vizinhos apenas para ver como os objetos funcionavam mecanicamente, sem cobrar pelo serviço.  Em sua casa, construiu um trator a vapor, porém seu objetivo era a produção de um aparato simples, barato e econômico. Assim, resolveu construir o seu próprio modelo de automóvel. Objetivo em que fora alcançado em 1896. Por volta de 1899 começou a trabalhar na fabricação de carros por negócio. Fundou a Detroit Automobile Company, da qual era engenheiro-chefe. Junto a dois sócios.

Em 1916 James Couzens deixou a companhia e Ford comandou a fábrica. Em 1918 foi derrotado por pouco em sua candidatura a senador norte-americano pelo Partido Democrata, mas resolveu não se envolver mais na política.

O Fordismo: Suas estratégias, evoluções e consequências

Henry Ford (1863-1947) fundou a “Ford Motors Company” em 1903. Na mesma, ele inovou o processo de fabricação Taylorista; acrescentando, principalmente, a organização de uma linha de montagem. Ford adotou três princípios básicos visando a redução do custo de produção e um aumento da mesma. Estes princípios eram:

• Princípio da intensificação: consiste em produzir mais em menos tempo. Aumentando drasticamente a produção.

• Princípio economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.

• Princípio da produtividade: aumentar a produtividade dos trabalhadores por meio da especialização e da linha de montagem.

No Fordismo, nome dado ao sistema de organização industrial citado acima, a matéria prima era ininterruptamente trabalhada desde o início do processo de fabricação até o acabamento completo do produto. Suas principais características eram o trabalho dividido, repetido, em cadeia e contínuo.

Sua fórmula baseou-se especialmente naquilo que Taylor, o pai da administração científica, recomendava: dividir as funções, numa fábrica, em dois níveis, o do planejamento e o da execução. Ford cercou-se dos melhores profissionais para planejar sua indústria e administrá-la e, nas fábricas, promoveu a segmentação máxima do trabalho. Foi baseando-se nessa proposta que a Ford passou do status de uma pequena empresa, construída por Henry e outros 11 empreendedores, em 1903, com um capital inicial de US$ 28 mil, para a posição de segunda maior companhia de automóveis do planeta.

Ford se preocupava em deixar o produto o mais ajustável possível a maior quantidade de clientes possíveis para aumentar o número de consumidores. Acreditava que era necessário que o produto obtivesse qualidade e preço para se sobressair no mercado. Aumentou o salário dos trabalhadores de sua empresa para que eles pudessem ter o poder de compra de seus próprios produtos.

O Ford T, principal produto da marca, em 1915 seu custo fora reduzido de US$850,00 para US$490,00. Graças a isso, passou a produzir 300 mil unidades por ano. No entanto, a linha de produção fordista era entediante. A falta de opções dentro dos modelos da Ford veio a ser um problema no futuro, com o surgimento do Toyotismo. Um exemplo, era a falta de opções de cores, os modelos da marca eram sempre pretos, pois era a cor que secava mais rápido. Em 1913 Ford dissera: “Quanto ao meu automóvel, às pessoas podem tê-lo em qualquer cor, desde que seja preta!”.

Com o uso da produção em massa, o parcelamento das tarefas, a criação da linha de montagem, a padronização das peças e a automatização das fábricas; o tempo de produção de um veículo passou a ser oito vezes menor do que no esquema artesanal. Como mostrado no gráfico abaixo:

Para manter o sistema de produção capitalista, a reprodução e a dominação social, foi necessária a criação de uma nova estrutura social e econômica, o “Compromisso Fordista”. Esse compromisso se consistia em oferecer aos trabalhadores estabilidade no emprego, direitos previdenciários, saúde, educação, entre outros. Foi uma troca entre a “luta revolucionária” pela seguridade social. Essas ações ajudaram para o crescimento do capitalismo, que aumentou a taxa de crescimento econômica dos países em que ele fora instalado, ao mesmo tempo em que melhorou a condição de vida dos trabalhadores. Foi o Estado que assegurou as conquistas da classe operária, ao mesmo tempo em que era o centro dinâmico de acumulação do capital, modalidade de intervenção chamada de keynesianismo. 

Porém, segundo Antunes (1999), esse aumento de benefícios para o trabalhador fez com que a produção ficasse mais cara e diminuiu a taxa de lucro. O que fez com o que o fordismo-keynesianismo entrasse em uma recessão econômica generalizada. Para sair dessa crise, Marx (1984) sugeriu algumas contratendências, são elas: a elevação do grau de exploração do trabalho, a compressão do salário abaixo de seu valor, o barateamento dos elementos do capital constante, ter uma superpopulação relativa, a abertura comercial e o aumento do capital por ações. Fazendo uso de algumas contratendências citadas por Marx, o Toyotismo passa a liderar o mercado.

Conclusão

Conclui-se que o Fordismo foi de grande importância para o aumento da competitividades entre os países e organizações que o adotaram. Ele tornou possível expandir rapidamente a produção, reduzindo os custos unitários de fabricação, tornando possível atender a grande demanda reprimida existente nos países em desenvolvimento. Graças ao aumento da produtividade e tendo aumentando também o seu produto interno bruto, países como os Estados Unidos, a Inglaterra, a Alemanha e a França consolidaram suas posições como líderes econômicas no planeta.

“O passado serve para mostrar as nossas falhas e nos dar indicações para o progresso do futuro” (Ford, Henry)

Referências

Processo de fabricação do modelo Ford T (vídeo)


A motivação dentro de grandes empresas atuais



Nesta publicação apresentarei a importância da motivação e como grandes empresas fazem para manter seus funcionários felizes e, consequentemente, mais produtivos. Farei uma breve explicação das conclusões relacionadas à motivação que foram obtidas com a “Experiência de Hawthorne” e sobre a “Teoria dos Dois Fatores” de Frederick Herzberg. Em seguida, a partir de uma pesquisa biográfica, citarei alguns exemplos de como a motivação é praticada dentro de grandes empresas.


O que é motivação

A “Experiência de Hawthorne” foi um movimento contrário à abordagem clássica de gestão, buscava democratizar e humanizar a gestão aliada ao desenvolvimento das ciências humanas. Algumas conclusões da experiência chefiada por George Elton Mavo abordam questões relacionadas a motivação: que as pessoas são motivadas por necessidades de reconhecimento, aprovação social e participação; que a importância do conteúdo ou cargo influência na moral do trabalhador, tornando-o produtivo ou desmotivado e que elementos emocionais devem ser considerados dentro das organizações.

Frederick Herzberg, psicólogo americano influente na gestão empresarial, apresenta dois fatores que alteram o comportamento e o grau de satisfação dos funcionários de uma empresa: os fatores higiênicos e os motivacionais.

Os fatores higiênicos são aqueles relacionados às condições de trabalho do funcionário (salários, benefícios, política da empresa, regulamentos internos, oportunidades existentes, etc.). Esses fatores estão fora do controle dos funcionários e são de responsabilidade exclusiva da empresa e de seus respectivos administradores. Eles são importantes para evitar a insatisfação dos funcionários, porém não é o suficiente para mantê-los motivados de forma duradoura.

Os fatores motivacionais são aqueles que produzem efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em alto nível, envolve sentimentos de auto-realização, crescimento, reconhecimento profissional. Segundo o estudo a teoria de Herzberg as pessoas tem tipos ou estilos motivacionais diferentes. Existem aquelas que procuram motivação (auto-realização, crescimento, reconhecimento, etc.) e outras que procuram manutenção (pagamento, vantagens adicionais, segurança, condições de trabalho, etc.).


Como grandes empresas buscam a motivação de seus funcionários

A Cielo acredita que pessoas felizes no trabalho geram mais resultados, que quanto mais motivados os funcionários estiverem mais eles produzem. A empresa está desenvolvendo um projeto sobre a importância do colaborador no grupo, onde o relacionamento de gestores e colaboradores se dá como principal função, associando demais benefícios, como refeitório sempre disponível, ginástica laboral, eventos em datas comemorativas, gincanas anuais e festa de encerramento do ano que também serve para premiar os funcionários. Também desenvolve avaliações que destacam um colaborador mensalmente e um jornal informativo interno, para que servidores tenham acesso ao que está acontecendo em termos de pesquisas e trabalhos em andamento.

Na Philips os funcionários tem a opção de trabalhar em casa, sem escritórios individuais para os mesmos. O presidente da empresa acredita alcançar mais amizades, agilidade e trabalho em time. O programa Workplace Inovattion (WPI) evita barreiras hierárquicas dentro da empresa e estimula a criatividade e o bem estar. “O WPI reúne diversos projetos que proporcionam qualidade de vida e motivação aos nossos funcionários e posiciona a Philips como uma das companhias mais bem sucedida em gestão corporativa”, segundo Mercedes Belaustegui, diretora de RG da empresa para a América Latina. Por meio do programa de recrutamento interno da Flexform, a companhia permitiu que o um motoboy chegasse à diretoria da empresa. A Flexform possui um plano de carreira estrategicamente planejado que busca a ascensão daqueles que se destacam em suas funções dentro da empresa e buscam atender aos critérios técnicos exigidos qualificando-os. “Faça tudo pelos recursos humanos e eles farão todo o resto.” é o que resume a estratégia da empresa segundo Pascoal Lannoni, presidente da Flexform.

Luíza Helena, sócia e superintendente do Magazine Luíza explica como motiva sua equipe: "Existem três alicerces para a motivação de uma equipe -- coração, cabeça e bolso. Se um dos três faltar, o processo se rompe. Coração é a paixão pela empresa. Cabeça é poder participar, poder usar os próprios conhecimentos e ter a chance de adquirir novas competências. É a certeza de que seu trabalho trará desenvolvimento, o próprio e o da empresa. E bolso é o óbvio. O crescimento do negócio tem de ser acompanhado pelo crescimento de seus funcionários.”. A empresa acredita que para se ter qualidade requer pessoas alinhadas e comprometidas.

A Elektro busca derrubar vestígios estatais e procura despertar no empregado o conceito de protagonista. A diretoria da empresa encontra-se no mesmo andar que os demais e estagiários apresentam seus projetos em reuniões da diretoria. Durante o planejamento estratégico a empresa reúne seus funcionários para uma reunião na qual podem sugerir ideias para que profissionais da ponta possam enriquecer as diretrizes da empresa com sua visão de negócio. “A gente acredita que só se consegue mobilizar as pessoas se elas entendem o propósito do trabalho. E como fazê-las trabalhar melhor se não enxergam o propósito? Ou como fazê-las trabalhar melhor se elas não tem espaço para sugerir melhorias?”, diz Fabrícia Abreu, da Elektro.

Conclusão

A “Experiência de Hawthorne” mostrou a importância da produtividade em 1932, atualmente grande empresas comprovam a eficácia deste estilo de gestão. O bem-estar dos colaboradores influencia diretamente na produtividade da empresa, estreita relacionamento interpessoal, obtém menos gastos com doenças de trabalho, funcionários estimulados buscam aperfeiçoamento profissional fazendo com que a equipe tenha uma melhor formação profissional.

Anexos

Referências