Henry Ford foi um importante engenheiro Americano, com apenas 29 anos já havia produzido o seu primeiro automóvel. Baseadas nas técnicas do taylorismo, revolucionou a produção industrial de toda uma época. Foi o primeiro a implantar um sistema de produção em série. Foi o criador do sistema fordiano de produção, que será mais bem explicado nas páginas a seguir deste trabalho.
Um pouco sobre a sua história
Henry Ford foi o grande fabricante de automóveis que revolucionou a indústria com seu Modelo T. Nascido em 30 de julho de 1863, em Springwells. Foi aluno de escolas rurais até seus quinze anos, desde jovem demonstrou habilidades para a invenção e a mecânica.
Inicialmente, reparava relógio e motores do pai e dos vizinhos apenas para ver como os objetos funcionavam mecanicamente, sem cobrar pelo serviço. Em sua casa, construiu um trator a vapor, porém seu objetivo era a produção de um aparato simples, barato e econômico. Assim, resolveu construir o seu próprio modelo de automóvel. Objetivo em que fora alcançado em 1896. Por volta de 1899 começou a trabalhar na fabricação de carros por negócio. Fundou a Detroit Automobile Company, da qual era engenheiro-chefe. Junto a dois sócios.
Em 1916 James Couzens deixou a companhia e Ford comandou a fábrica. Em 1918 foi derrotado por pouco em sua candidatura a senador norte-americano pelo Partido Democrata, mas resolveu não se envolver mais na política.
O Fordismo: Suas estratégias, evoluções e consequências
Henry Ford (1863-1947) fundou a “Ford Motors Company” em 1903. Na mesma, ele inovou o processo de fabricação Taylorista; acrescentando, principalmente, a organização de uma linha de montagem. Ford adotou três princípios básicos visando a redução do custo de produção e um aumento da mesma. Estes princípios eram:
• Princípio da intensificação: consiste em produzir mais em menos tempo. Aumentando drasticamente a produção.
• Princípio economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.
• Princípio da produtividade: aumentar a produtividade dos trabalhadores por meio da especialização e da linha de montagem.
No Fordismo, nome dado ao sistema de organização industrial citado acima, a matéria prima era ininterruptamente trabalhada desde o início do processo de fabricação até o acabamento completo do produto. Suas principais características eram o trabalho dividido, repetido, em cadeia e contínuo.
Sua fórmula baseou-se especialmente naquilo que Taylor, o pai da administração científica, recomendava: dividir as funções, numa fábrica, em dois níveis, o do planejamento e o da execução. Ford cercou-se dos melhores profissionais para planejar sua indústria e administrá-la e, nas fábricas, promoveu a segmentação máxima do trabalho. Foi baseando-se nessa proposta que a Ford passou do status de uma pequena empresa, construída por Henry e outros 11 empreendedores, em 1903, com um capital inicial de US$ 28 mil, para a posição de segunda maior companhia de automóveis do planeta.
Ford se preocupava em deixar o produto o mais ajustável possível a maior quantidade de clientes possíveis para aumentar o número de consumidores. Acreditava que era necessário que o produto obtivesse qualidade e preço para se sobressair no mercado. Aumentou o salário dos trabalhadores de sua empresa para que eles pudessem ter o poder de compra de seus próprios produtos.
O Ford T, principal produto da marca, em 1915 seu custo fora reduzido de US$850,00 para US$490,00. Graças a isso, passou a produzir 300 mil unidades por ano. No entanto, a linha de produção fordista era entediante. A falta de opções dentro dos modelos da Ford veio a ser um problema no futuro, com o surgimento do Toyotismo. Um exemplo, era a falta de opções de cores, os modelos da marca eram sempre pretos, pois era a cor que secava mais rápido. Em 1913 Ford dissera: “Quanto ao meu automóvel, às pessoas podem tê-lo em qualquer cor, desde que seja preta!”.
Com o uso da produção em massa, o parcelamento das tarefas, a criação da linha de montagem, a padronização das peças e a automatização das fábricas; o tempo de produção de um veículo passou a ser oito vezes menor do que no esquema artesanal. Como mostrado no gráfico abaixo:
Para manter o sistema de produção capitalista, a reprodução e a dominação social, foi necessária a criação de uma nova estrutura social e econômica, o “Compromisso Fordista”. Esse compromisso se consistia em oferecer aos trabalhadores estabilidade no emprego, direitos previdenciários, saúde, educação, entre outros. Foi uma troca entre a “luta revolucionária” pela seguridade social. Essas ações ajudaram para o crescimento do capitalismo, que aumentou a taxa de crescimento econômica dos países em que ele fora instalado, ao mesmo tempo em que melhorou a condição de vida dos trabalhadores. Foi o Estado que assegurou as conquistas da classe operária, ao mesmo tempo em que era o centro dinâmico de acumulação do capital, modalidade de intervenção chamada de keynesianismo.
Porém, segundo Antunes (1999), esse aumento de benefícios para o trabalhador fez com que a produção ficasse mais cara e diminuiu a taxa de lucro. O que fez com o que o fordismo-keynesianismo entrasse em uma recessão econômica generalizada. Para sair dessa crise, Marx (1984) sugeriu algumas contratendências, são elas: a elevação do grau de exploração do trabalho, a compressão do salário abaixo de seu valor, o barateamento dos elementos do capital constante, ter uma superpopulação relativa, a abertura comercial e o aumento do capital por ações. Fazendo uso de algumas contratendências citadas por Marx, o Toyotismo passa a liderar o mercado.
Conclusão
Conclui-se que o Fordismo foi de grande importância para o aumento da competitividades entre os países e organizações que o adotaram. Ele tornou possível expandir rapidamente a produção, reduzindo os custos unitários de fabricação, tornando possível atender a grande demanda reprimida existente nos países em desenvolvimento. Graças ao aumento da produtividade e tendo aumentando também o seu produto interno bruto, países como os Estados Unidos, a Inglaterra, a Alemanha e a França consolidaram suas posições como líderes econômicas no planeta.
“O passado serve para mostrar as nossas falhas e nos dar indicações para o progresso do futuro” (Ford, Henry)
Referências
Processo de fabricação do modelo Ford T (vídeo)
0 comentários:
Postar um comentário