As pessoas estão se preocupando cada vez mais com a sustentabilidade no mundo, um gerenciamento sustentável e selos ambientais agregam um diferencial positivo às empresas de supermercados. Além disso, dessa forma, as empresas conseguem diminuir os custos, contribuir com a sociedade e diminuir a sua agressão ao meio ambiente.
Portanto, como tornar a sustentabilidade algo presente nos supermercados de forma econômica e que não altere o cotidiano dos clientes do estabelecimento? Infelizmente, são poucos os supermercados que adotam medidas sustentáveis no empreendimento. Grande parte das compras dos brasileiros é feita dentro dessas empresas, por isso a importância de que elas adotem tais estratégias ecológicas.
Muitas medidas já foram testadas no decorrer do tempo para tentar forçar as empresas e a população a serem adeptas da sustentabilidade, porém não ouve uma boa receptividade dos mesmos. A Lei Municipal 15.374, da cidade de São Paulo, que proibia o uso de sacolas plásticas na cidade, é um exemplo disso. A mudança drástica e obrigada de costumes a anos presentes na sociedade torna difícil a adaptação, mas é de extrema importância que a sustentabilidade seja praticada.
Este artigo tem como objetivo estudar as melhores formas de adaptação da sustentabilidade no cotidiano dos supermercados e da população, preocupando-se também buscar uma forma prática e barata de introduzir as questões ambientais dentro deste segmento empresarial.
A pesquisa deste estudo bibliográfico será realizada em duas etapas. A primeira etapa será fazer uma pesquisa baseada em fatos científicos sobre a importância da sustentabilidade. E na segunda etapa, vamos apresentar algumas propostas para a resolução deste problema que sejam úteis dentro da realidade brasileira.
A importância da sustentabilidade
Como explica Ceretta e Froemming (2013), o impacto do varejo é pequeno
quando comparado ao provocado pelas indústrias, porém a quantidade de lixo
resultante das compras supermercadistas e a quantidade de embalagens e sacolas
resultantes dessas compras fazem do varejo um grande gerador de lixo doméstico.
Por isso a necessidade de um bom planejamento sustentável nesta área.
Dados de um levantamento realizado em 2002 pela Research International
mostrou que 94,7% dos brasileiros já ouviram falar em reciclagem ou materiais
recicláveis e 27% deles já separam materiais para esse fim, 34% mostraram-se
favoráveis à possibilidade de adotar o hábito e 13 % declararam estar muito
predispostos a seguir esta rotina. (PALHARES, 2003).
As empresas devem priorizar as questões ambientais nas suas decisões de
marketing, pois os consumidores tornaram-se mais conscientes da fragilidade do
meio ambiente e buscam produtos ecologicamente projetados. Da mesma forma,
empresas ou produtos que não atentarem para esta realidade, deixando de respeitar
um nível mínimo de responsabilidade ambiental, poderão ser fortemente boicotados
pelos consumidores. (CERETTA; FROEMMING, 2013).
Segundo Voltolini (2008) a sustentabilidade agrega valor ao negócio, impacta
positivamente a reputação, torna a cadeia produtiva mais eficiente, reduz riscos
inerentes à operação, valoriza a marca e também as ações de mercado. Há um
equilíbrio entre os resultados econômicos, ambientais e sociais.
Algumas propostas para a resolução deste problema
Grandes redes de supermercados apostam cada vez mais em lojas
sustentáveis, segundo Vialli (2010). Algumas técnicas usadas em lojas
ecologicamente projetadas são: sistemas de economia de energia, captação de
água da chuva e telhados que aproveitam a luz natural. Nessas são vendidos
produtos orgânicos com certificações socioambientais e são disponibilizados centros
de coleta seletiva.
Segundo Bernardo (2010), a empresa Fields busca solucionar o problema das
sacolas plásticas. No Brasil são consumidas num número de 12 bilhões anualmente.
Utilizando o “Sistema Transvoll” eles substituem as sacolas de supermercado por
carrinhos que permitem encaixar diversas caixas dobráveis, confeccionadas de pet
reciclado ou outras embalagens de materiais recicláveis, possibilitando ao cliente
levar suas caixas para casa e reutilizá-las em suas próximas compras.
A sustentabilidade permite reduzir desperdícios e perdas, minimizam custos,
geram receitas adicionais e aproximam os clientes. Segundo Serrentino (2010), a
rede Wal-Mart, em 2005, baseou-se em três metas: alcançar 100% do uso de
energia renovada, zerar resíduos e vender produtos que ajudem as pessoas e o
ambiente. Essa foi definida como “abordagem 360°”.
A questão ambiental precisa de engajamento e de consumidores conscientes,
por meio de mutirões ambientais, divulgação interna e externa, distribuição de
materiais e apresentação de propostas relacionadas aos temas das campanhas de
mobilização social, assim será possível o cumprimento das intenções propostas. Na
abertura 24º Congresso de Gestão e feira Internacional de Negócios em
Supermercados a Associação Paulista de Supermercados – APAS – e a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente assinaram um protocolo em que o tema era
“sustentabilidade em nome do consumidor”, esse protocolo aborda as questões
citadas acima.
Considerações finais
O objetivo principal deste artigo foi estudar as melhores formas de adaptação
da sustentabilidade no cotidiano dos supermercados e da população.
Diante da pesquisa feita neste artigo bibliográfico, conclui-se que a
sustentabilidade é uma medida necessária dentro da sociedade. É necessário que
todos os setores sejam cientes da sua responsabilidade no impacto ambiental, sem
contar com o quanto os negócios verdes estão sendo valorizados no Brasil e no
mundo, onde os consumidores se preocupam cada vez mais com a natureza.
Construir uma empresa baseada em projetos sustentáveis além de agregar
valor ao negócio diante do olhar do cliente, busca sempre formas econômicas de
reduzir gastos de energia, água, entre outros. Com o tempo tais medidas diminuem
as despesas do empreendimento e cumprem com a sua responsabilidade social
perante o meio ambiente e a sociedade. A redução de sacolas plásticas
economizam gastos com as mesmas e beneficia o meio ambiente com a redução do
gasto energético de produção e da matéria-prima ao produzi-la, além de reduzir o
lixo das cidades.
Escrito por Dayane Néri Fonseca e Lucas Ladeira Alves e Costa